quarta-feira, 2 de abril de 2014

Entre idas e vindas
sobrevivi... Agora sei o que tenho que fazer, sou eu, e não posso 
mudar... O tempo passou, sim, apesar da idade eu ainda estou aqui, a 
mesma Liger, alegre, as vezes bipolar, mas sou eu não tenho vergonha do 
que sou. Me amo assim louca, desligada de valores mundanos, 
insistente na decisão, caminhante... Quando me olho no espelho amo até 
minhas rugas, são tatuagens do tempo, troféu da experiencia. Velha(o) é
vc que vive maculando a existência com preconceito e fala torta.
Velha(o) são os que duram apenas vinte, trinta ou quarenta anos, porque
sua cabeça é retrógrada. Velha(o) é quem comete o mesmo erro todos os
dias e não é capaz de aprender mais nada na vida.
Não tenho vergonha de ser vó eu estou continuando... E vou continuar
procurando sempre sentir o vento, ele me leva sempre em busca do mar, me
perder na floresta que eu habito, e escutar as respostas do livrinho
de passagem. Cada dia tem seu encanto e cada dia eu me encanto... Por
isso voltei, mas não posso ficar. O amor é a única maneira de me prender,
infelizmente ele não mora aqui. Aqui mora a triste e repugnante
mesmice, mora o abandono e o abandonado, que esquece que a vida é
viver... Liger Pimenta

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